sábado, 18 de maio de 2024 | 03:15
Conheça mais sobre a
História de Sete Barras
e Símbolos Oficiais

SOBRE SETE BARRAS

O nome “Sete Barras” possui origens ligadas a três lendas diferentes. Na primeira lenda, narrada pelo Cel. Diogo Martins Ribeiro Júnior em “Riquezas da Ribeira de Iguape,” um antigo morador de Sete Barras conta que a cidade era originalmente chamada de “Gointaoga.” Segundo a história, um espanhol que garimpava ouro na região reuniu várias pepitas de ouro, fundindo-as em sete barras de grande peso. Quando soube que teria que pagar 20% de impostos à coroa de Portugal, o espanhol decidiu enterrar as sete barras de ouro nas proximidades de Goyntahogoa, com a intenção de voltar e recuperá-las mais tarde. No entanto, ele se distraiu com notícias de ouro no rio Guyrõmbyi (quilombo) e nunca mais conseguiu encontrar o local onde havia enterrado o ouro. A segunda lenda envolve sete portugueses a serviço de Martins Afonso de Souza, que encontraram uma mina de ouro durante sua jornada pelo Rio Ribeira de Iguape. Após dividirem o ouro em sete partes e fundi-lo em sete barras, um dos aventureiros fugiu com o tesouro enquanto os outros dormiam. Ele foi encontrado morto às margens do Rio Laranjeirinha antes de completar sua viagem rumo a Piratininga (São Paulo). A terceira hipótese relaciona o nome à proximidade da cidade com a barra do sétimo afluente do Rio Ribeira de Iguape, contando a partir de sua foz. Essas lendas contribuem para a riqueza histórica e misteriosa do nome “Sete Barras”.

A cidade de Sete Barras, localizada no estado de São Paulo, tem uma história rica e interessante que se desenrolou ao longo dos anos. Originalmente, a região era conhecida como “Gointaoga” pelos índios, e posteriormente Goyntahogoa na ortografia colonial. No entanto, com a chegada dos colonizadores europeus e a corrida do ouro, o nome da cidade passou por transformações.

Em 1842, a Lei Provincial nº 28 criou o Município de Xiririca, que incluiu a área que hoje é Sete Barras. Mais tarde, em 1885, a Lei Provincial nº 58 estabeleceu o Distrito de Paz de Sete Barras, que fazia parte do Município de Xiririca.

A cidade de Sete Barras teve um dos primeiros Cartórios de Registro Civil do Brasil, evidenciando sua importância histórica. Em 1891, Maria, filha de Salvador Trudes de Morais e Costa, e sua esposa Anna Fermina de Sant’Anna, se tornou o primeiro registro de nascimento na região. Além disso, Custódio Evaristo da Costa e Maria Olímpia Firmina foram os primeiros a obter habilitação para casamento civil no distrito.

Em 1920, começou a colonização japonesa em Sete Barras, com a Kaigai Kogio Kabushiki Haisha (Companhia Ultramarítima de Desenvolvimento Comercial) liderando a colonização agrícola na região. Durante esse período, houve também a exploração de ouro, incluindo o garimpo de aluvião e a Mina do Cavalo Magro, que atualmente pertence ao Instituto Florestal do Estado de São Paulo, embora esteja desativada. A cidade voltou ao “ciclo do ouro,” e lendas sobre o garimpo de ouro surgiram. Rapazes aventureiros exploraram as margens do Rio Laranjeirinha e até mesmo o Quilombo em busca de ouro nos momentos de folga.

Uma história intrigante conta que um jovem japonês, bateando (procurando ouro) nos ribeirões próximos, reuniu mais de dois quilos de ouro em pepitas. No entanto, o ciclo do ouro chegou ao fim com a liquidação da Kaigai Kogio Kabushiki Haisha durante a Segunda Guerra Mundial. As terras e instalações comerciais e industriais da companhia japonesa foram devolvidas ao Governo do Estado, e a mina foi cercada, guardada e desativada. As lendas sobre o garimpo gradualmente desapareceram, e Sete Barras voltou sua atenção para a produção de bananas, ganhando o apelido de “Ouro Verde do Vale.”

Em 1944, com a criação do Município de Registro, Sete Barras foi desligada de Xiririca e recebeu parte do distrito de Juquiá para formar o novo município juntamente com o distrito de paz de Registro.

Entretanto, em 1958, um grupo de moradores locais iniciou um movimento pela autonomia do município de Sete Barras, superando desafios, como a distância da sede municipal, que a lei exigia em 20 quilômetros, enquanto Sete Barras ficava a pouco mais de 18 quilômetros de Registro. O plebiscito foi realizado após atender as condições legais, e, em 1958, o Município de Sete Barras foi oficialmente criado através da Lei Estadual nº 5.521.

Hoje, a cidade de Sete Barras orgulha-se de sua história rica, que abrange desde a presença dos índios até a colonização japonesa e a busca pelo ouro. O apelido “Ouro Verde do Vale,” adotado pela Lei Municipal nº 429/75 em 28 de novembro de 1975, reflete a importância de sua produção de banana e seu legado histórico.

O Distrito de Sete Barras foi criado pela Lei Provincial nº 58, em 21 de março de 1885. Posteriormente, foi transferido do Município de Iguape para Xiririca pela Lei Provincial nº 66, em 2 de abril de 1887. Nos anos subsequentes, o Distrito de Sete Barras permaneceu sob a jurisdição do Município de Xiririca, de acordo com as divisões administrativas do Brasil de 1911 e 1933. Em 1936 e 1937, Sete Barras foi designado como um Distrito judiciário e continuou fazendo parte do Município de Xiririca. Essa situação se manteve nos anos seguintes, conforme os quadros anexos ao Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, e o Decreto Estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, para os períodos de 1939-1943. No entanto, em 1944, pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, datado de 30 de novembro de 1944, o Distrito de Sete Barras foi transferido do Município de Xiririca para o de Registro, onde permaneceu de 1945 a 1948, conforme as Leis Estaduais nºs 233, de 24 de dezembro de 1948, e 2456, de 30 de dezembro de 1953, que estabeleceram as divisões territoriais para os períodos de 1949-53 e 1954-58. Finalmente, o Distrito de Sete Barras foi elevado à categoria de Município pela Lei Estadual nº 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrando-se do Município de Registro, com sede no próprio Distrito de Sete Barras. Sua instalação como município ocorreu em 1º de janeiro de 1960, e a partir de então, o Município de Sete Barras consiste apenas no Distrito sede, de acordo com a divisão territorial de 1º de julho de 1960. Fonte: IBGE

Sete Barras está localizada na microrregião de Registro, no Vale do Ribeira, no estado de São Paulo, Brasil. Suas coordenadas geográficas aproximadas são de 24º23’16” de latitude sul e 47º55’32” de longitude oeste, com uma altitude média de cerca de 30 metros acima do nível do mar. 

Segundo dados do Censo de 2022, a população da cidade de Sete Barras, em São Paulo, chegou a 12.730 habitantes. Isso representa uma queda de -2,11% em relação aos números do Censo de 2010. Este município brasileiro está localizado na Região Sudeste do país, especificamente no belo Vale do Ribeira, uma região conhecida por sua riqueza natural e cultural.
A cidade de Sete Barras é atravessada por duas importantes rodovias: a BR-139, também conhecida como Rodovia Empei Hiraide, e a SP-165. Essas vias desempenham um papel fundamental na conexão da cidade com outras regiões e no transporte de pessoas e mercadorias, facilitando a mobilidade e o desenvolvimento da região.

A hidrografia de Sete Barras, SP, é caracterizada pela presença de diversos cursos d’água, incluindo rios e ribeirões. Alguns dos principais corpos d’água na região incluem:

    • Rio Juquiá
    • Rio Ribeira de Iguape
    • Rio Preto
    • Rio Saibadela
    • Rio Etá
    • Rio Dois Irmãos
    • Rio Ipiranga
    • Ribeirão Turvo

 

Esses rios e ribeirões desempenham um papel importante na drenagem da região, contribuindo para a hidrografia local e influenciando a geografia e o meio ambiente de Sete Barras e áreas circundantes.

O município de Sete Barras, SP, apresenta um PIB per capita ligeiramente abaixo da média da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Integrada – UGRHI-11, atingindo aproximadamente 6,8 mil reais por habitante por ano. No entanto, em relação ao PIB per capita do estado de São Paulo, representa apenas cerca de 29%, indicando uma produção econômica relativamente modesta na região. De acordo com dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE em 2006, o município conta com um total de 80 propriedades agrícolas, abrangendo uma área de aproximadamente 33.465 hectares. Estas informações revelam a importância da atividade agrícola na economia local, mas também sugerem a necessidade de explorar novas oportunidades de desenvolvimento econômico para impulsionar o crescimento da região.

Dados do Censo – 2010

População total: cerca de 13.005

Urbana: 4,651
Rural: 5,814
Homens: 6.661
Mulheres: 6.324
Densidade demográfica (hab./km²): 12,24
Expectativa de vida (anos): 74,4
Taxa de alfabetização: 85,08%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,673
IDH-M Renda: 0,673

Fonte: IPEADATA

Símbolos Oficiais

Brasão

Bandeira

Hino

Sete Barras, canta teu povo!
Sete Barras, terra de ouro!
Tens o coração gentil,
Sete Barras, Sete Barras do Brasil!
2X

Mil Novecentos e cinquenta e oito,
Emancipada, cidade do Brasil.
Os imigrantes aqui vieram,
Contemplar, esta terra juvenil!

Os Japoneses, Espanhóis e Portugueses,
Escolheram essa terra pra morar.
Às margens do Rio Ribeira,
Construiu Sete Barras o seu Lar!

Sete Barras, canta teu povo!
Sete Barras, terra de ouro!
Tens o coração gentil,
Sete Barras, Sete Barras do Brasil!

Nossas matas e nossos rios,
E a nossa terra fértil.
Encantaram vários povos,
Aqui buscar o seu sustento.

Temos índios e mineiros,
Tem Gaúcho e Nordertinos.
Sete Barras tem em seu seio,
Todo o povo Brasileiro!

Sete Barras, canta teu povo!
Sete Barras, terra de ouro!
Tens o coração gentil,
Sete Barras, Sete Barras do Brasil!
2X

Letra e Música: Paulo Tomas de Jesus Hirakawa

Clique no play para ouvir o Hino!

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support